2 resultados para Memória

em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica


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As discussões acerca das múltiplas definições de território têm sido uma constante nos trabalhos geográficos, contudo, longe de ser um tema resolvido, este conceito continua a suscitar novas possibilidades de investigação. Neste trabalho pretende-se a análise e discussão de uma concepção de território integradora que transite da definição política à cultural, num sentido múltiplo e relacional, pois se preocupa mais com o processo de territorialização como domínio e apropriação do espaço do que propriamente com o conceito de território. Partimos da premissa de que entre o meio físico e o homem se interpõe sempre uma idéia, uma concepção determinada de mundo que norteará sua concepção de território, bem como seu modo de vida. Desta forma, as disputas territoriais enfrentadas no Brasil por populações quilombolas pela conquista e manutenção de suas terras são oportunidades para empreendermos estudos acerca de uma concepção de território integradora, pois nestes conflitos que evocam a territorialização transparecem visões de mundo distintas. Assim, o caminho empreendido foi o do estudo da territorialidade quilombola a partir da coleta e análise da memória desta população, visto que o que está em disputa são visões diversas sobre o mesmo espaço e que vão resultar em concepções também diversas de território.

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As comunidades quilombolas no Brasil enfrentam diversos obstáculos na garantia de seus direitos aos seus territórios ancestrais e neste contexto de lutas identidades político/culturais são criadas ou recriadas. O processo de territorializar-se ou reterritorializar-se impõe a construção de identidades políticas e culturais que entram em conflito com as territorialidades impostas e identidades estabelecidas e, em geral, dominantes no tempo e no espaço. A recriação  de histórias narradas e recuperadas na bibliografia e em campo remete não só às relações identitárias com o território, remete principalmente a uma doprofunda de perceber-se marginalizado pela história construída pelos dominadores. Desta forma, a memória  reelaborada, reinventada num patamar de liberdade e luta organizada por seus territórios orienta a conformação de novas identidades, como a de quilombola. Assim, esta pesquisa parte dos relatos orais de populações quilombolas para entender as relações existentes entre memória, território e identidade quilombola.